segunda-feira, dezembro 25, 2023

 Um livro centenário: A Paraíba e seus Problemas


A obra “A Paraíba e seus Problemas” de José Américo de Almeida, ao completar cem anos, em 2023, continua a ser um ponto de referência para a compreensão das complexidades socioeconômicas do Nordeste brasileiro. O autor, político e escritor, revela em seu livro uma profunda análise das condições naturais da Paraíba, destacando a luta do homem contra uma natureza muitas vezes adversa. Em seus argumentos, ele aborda a importância crucial de infraestrutura, para o desenvolvimento da região.
José Américo, ao enfocar o armazenamento de água, explora as consequências sociais, econômicas e humanas dos eventos climáticos, administrativos e políticos, oferecendo um panorama abrangente dos desafios enfrentados pelo povo paraibano. O livro, encomendado pelo presidente Solon de Lucena, em homenagem a Epitácio Pessoa, é uma peça essencial para entender a influência do “governo federal” na resolução dos problemas relacionados às secas.
A conexão histórica do livro com o contexto político da época, especificamente o governo de Epitácio Pessoa, revela a interferência da política na implementação de obras no Nordeste. A interrupção dessas obras após a saída de Pessoa resultou em descontentamento na população sertaneja, uma questão que José Américo defende veementemente, buscando a continuidade desses projetos como uma necessidade premente.
Contudo, a análise crítica de Gilberto Freyre, proferida quatro meses após o lançamento da obra, adiciona uma camada de complexidade ao debate. Freyre, conhecido por suas reflexões perspicazes sobre a sociedade brasileira, aponta para as nuances econômicas e sociais da região. Sua crítica destaca a necessidade de considerar as relações sociais, indo além das soluções meramente estruturais.
A visão de Freyre, baseada em sua compreensão da dinâmica social brasileira, provavelmente, destaca a importância da inovação, educação e sustentabilidade como elementos-chave para superar os desafios contemporâneos. Suas reflexões, em consonância com as ideias de José Américo, indicam que o desenvolvimento socioeconômico da Paraíba e do Nordeste como um todo requer uma abordagem holística, considerando não apenas a infraestrutura física, mas também as estruturas sociais e educacionais.
Assim, ao celebrarmos o centenário de “A Paraíba e seus Problemas”, é crucial não apenas reconhecer a importância histórica da obra, mas também engajar-se em uma reflexão contínua sobre como as visões de José Américo e as críticas de Gilberto Freyre podem iluminar o caminho para o futuro desenvolvimento da região.
“A Paraíba e seus Problemas”, destaca-se não apenas como uma análise pormenorizada da realidade paraibana, mas também como uma peça fundamental na tessitura do panorama literário e político do Brasil, do início do século XX. Influenciado pelo espírito inovador da época, o autor, ao contrário de alguns de seus contemporâneos, não se deteve apenas na ficção, mas lançou seu olhar aguçado sobre as questões reais que afligiam sua terra natal.
José Américo, munido de uma escrita elegante, revela-se um verdadeiro pesquisador e ensaísta ao abordar as complexidades geográficas, climáticas e sociais da Paraíba. Sua análise profunda da relação entre o homem e a natureza oferece uma visão humanizada dos desafios enfrentados pela população paraibana. Nesse contexto, a defesa da construção de vias rodoviárias e a necessidade de um porto independente evidenciam sua visão pragmática, revelando um autor atento não apenas às questões teóricas, mas também às demandas práticas da sociedade.
A obra, além de lançar luz sobre as problemáticas locais, transcende as fronteiras da Paraíba, alcançando relevância nacional. José Américo de Almeida desempenhou um papel decisivo na formulação de políticas públicas para o Nordeste brasileiro, marcando sua presença não apenas como escritor, mas como um intelectual engajado nas questões sociais de sua época.
“A Paraíba e seus Problemas” também se insere no contexto literário, servindo de referência para obras consagradas como “O Quinze” de Rachel de Queiroz, “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freyre, “Menino de Engenho” de José Lins do Rego e “Geografia da Fome” de Josué de Castro. Essa intertextualidade revela a influência profunda da obra de José Américo na construção de narrativas que exploram a realidade brasileira sob diferentes perspectivas, contribuindo para a formação de uma consciência crítica e reflexiva na literatura nacional.
Assim, “A Paraíba e seus Problemas” transcende seu papel original de diagnóstico regional, consolidando-se como uma peça-chave na compreensão das dinâmicas sociais, econômicas e políticas do Brasil, e deixando um legado duradouro na literatura e na formulação de políticas públicas para a região Nordeste.

terça-feira, dezembro 19, 2023

 INTELECTUALIDADE ENTRE A POLÍTICA E A IMPOSIÇÃO DO FEDERALISMO


Li, recentemente, um artigo bem interessante. Os autores, Silvio Gabriel Serrano Nunes e Maria Isabel Pimentel de Castro Pinto, abordam o protagonismo de Rui Barbosa na “refundação” do Brasil, após o golpe republicano de 1889. Nesse artigo, os autores dão destaque para o perfil intelectual e a trajetória política de Rui Barbosa, especialmente seu papel na elaboração da primeira Constituição republicana, com foco no federalismo. O texto explora como Rui Barbosa se imortalizou não apenas na Academia Brasileira de Letras, mas também no cenário político e na construção do Brasil.

Esse artigo de pesquisa histórica discute os desenvolvimentos políticos e constitucionais, no Brasil, durante a transição da monarquia para a república, com foco particular no papel de Rui Barbosa. O texto aborda vários aspectos: o processo de elaboração constitucional, a influência de modelos estrangeiros (EUA, Argentina, Suíça), o debate sobre a forma de governo (presidencialismo vs. sistema parlamentar) e as contribuições de Rui Barbosa para o texto constitucional.
No momento crucial da transição das estruturas políticas do Império para a instauração da República, desponta o inegável protagonismo de Rui Barbosa. Em meio à efervescência desse período marcado pela mudança de regime político, emerge um amplo debate protagonizado por indivíduos ávidos por ocupar espaços nas instituições do saber e na política, almejando projeção através do exercício de cargos que conferissem destaque no cenário político.
A atuação de Rui Barbosa, jurista e jornalista, adquire uma dimensão singular quando consideramos não apenas seu papel na esfera jornalística, mas, sobretudo, seu destacado protagonismo na “refundação” do país com a advento da República. Neste contexto, sua influência política e prestígio intelectual ganham magnitude, colocando-o diante do mais desafiador dos encargos: a redação das novas leis que moldariam o Brasil republicano e contemporâneo.
Falar em “refundação” implica reconhecer que Rui Barbosa e seus contemporâneos intelectuais assumiram a missão de conceber uma nova visão para o Brasil, fundamentada em seus próprios atributos. Este empreendimento visava a construção de uma identidade nacional, submetida ao crivo da elite intelectual que se via como detentora do destino da nação.
A euforia inicial, expressa por intelectuais como Olavo Bilac, Luis Murat e Pardal Mallet, em um manifesto ao governo provisório, um mês após o golpe republicano, delineava a República como uma aliança promissora entre os homens de letras e o povo. No entanto, o entusiasmo cedeu espaço a desafios intransponíveis com a ascensão de Floriano Peixoto. A suposta aliança entre intelectuais e o povo foi suprimida por problemas que a República não solucionou, ampliando a lacuna entre os estratos sociais, desfavorecendo, como sempre, os desprovidos de recursos diante da ausência de políticas públicas efetivas.
O golpe de 1889, acelerou a fragmentação do território nacional, multiplicando municípios e comarcas. Na prática, isso fortaleceu e autonomizou o Poder Judiciário, assim como conferiu mais autonomia ao Poder Executivo, por meio da transição de províncias para estados federativos, conforme estabelecido na Constituição Federal, de 1891. Todavia, essa fragmentação, longe de ser meramente descentralizadora, permaneceu sob o controle do governo central, que, simultaneamente, concedia autonomia e mantinha as rédeas da nação por meio da imposição de novas leis.
Os autores, Silvio Gabriel Serrano Nunes (Doutor, mestre, licenciado e bacharel em Filosofia pela USP) e Maria Isabel Pimentel de Castro Pinto (Doutora em História, pela Universidade de São Paulo, USP), utilizam uma abordagem metodológica baseada na revisão bibliográfica de obras relacionadas a Rui Barbosa, à República Velha e aos intelectuais que desempenharam papéis importantes nas instituições do saber e do poder durante esse período. Recomendamos, boa leitura.

Bibliografia:
NUNES, S. G. S., & PINTO, M. I. de C. (2023). Rui Barbosa e a inteligência que refundou o Brasil: Intelectualidade entre a política e a imposição do Federalismo (1889-1930). Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 78, 97–121. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2023v78p97-121

PINTO, M. I. de C. Patrimônio Fundiário e Poder na Paraíba. Comarca de São João do Cariri (1889-1930). Tese (Doutorado em História). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 2022.

NUNES, Silvio G. S. As origens do constitucionalismo calvinista e o direito de resistência: a legalidade bíblica do profeta em John Knox e o contratualismo secular do jurista em Théodore de Bèze. Doutorado, FFLCH-USP, São Paulo, 2017.

quarta-feira, outubro 25, 2023

 Antes de Atravessar, Atravessei

José Nêumanne Pinto
Na terra onde o sol parece abraçá-la, emerge a Paraíba, uma pérola cultural do Brasil. Neste cantinho do Nordeste, onde a poesia dança no ar e a música é a batida do coração, a arte floresce como uma fonte inesgotável de criatividade. A cada esquina, as cores vibrantes das casas e a indomável beleza da paisagem se mesclam para formar um cenário que é uma verdadeira paleta de inspiração. Nesse paraíso cultural, o povo paraibano, com sua hospitalidade calorosa, é a personificação dessa riqueza artística.
Segundo Bráulio Tavares, em algum momento, nas profundezas do passado, uma nave celestial pousou nas terras paraibanas. Dentro dela, não havia astronautas, mas, poetas e violeiros, cujas almas eram feitas de versos e acordes. Eles desembarcaram com uma missão divina: casar-se com a beleza natural da Paraíba, com suas colinas, praias douradas e cajueiros, e gerar descendentes de sonhadores e criadores.
Esses poetas siderais, com a prodigiosa capacidade de assumir a aparência humana, escolheram casar-se com as moças do lugar, cujas lágrimas eram como pérolas de saudade e cujo riso era como o som de uma vila cheia de esperança. E assim, a semente da poesia e da arte foi plantada nas entranhas dessa terra abençoada.
Pinto do Monteiro, um nome que ecoa como um trovão de versos, emergiu como um dos maiores guardiões desse legado. Ele era o mestre das palavras rimadas, um encantador de plateias com sua voz e sua viola. Pinto do Monteiro personifica a maestria dos cantadores e poetas populares da região, aqueles que mantiveram a tradição viva através das gerações.
Mas Pinto do Monteiro foi apenas o começo. A Paraíba, como um celeiro divino, continuou a gerar poetas, músicos e artistas notáveis. Desde os versos sombrios de Augusto dos Anjos até a prosa rica de José Américo de Almeida, a literatura paraibana sempre soube tocar a alma de seus leitores. José Lins do Rego levou-nos a passeios pelos engenhos de cana, enquanto Ariano Suassuna nos convidou a dançar o frevo da cultura nordestina.
Na viola, a Paraíba deu ao mundo talentos como Zé Limeira, cujos versos surreais eram como balas de poesia disparadas. Jackson do Pandeiro fez os corações dançarem ao som do forró, e Sivuca trouxe a sanfona para a vanguarda da música brasileira. Geraldo Vandré, com sua voz inconfundível, cantou sobre a esperança e a luta.
No teatro, Paulo Pontes deu vida a personagens que eram como espelhos de nossa própria humanidade, enquanto no cinema, os irmãos Vladimir e Walter Carvalho usaram a lente da câmera para capturar a beleza da Paraíba. E, na economia, Celso Furtado foi um mestre das finanças, e também um poeta da justiça social.
Tantos e tão luminosos talentos, todos paraibanos, nos fazem acreditar que a Paraíba é verdadeiramente uma dádiva dos deuses. Como explicar essa abundância de gênios criativos senão como um presente “do outro mundo”? A Paraíba é um lugar onde a inspiração e a criatividade correm pelos rios e estradas, onde o sol e a lua parecem competir para iluminar a imaginação de seus filhos.
Assim, celebramos não apenas a Paraíba, mas também José Nêumanne Pinto e todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a riqueza cultural e artística dessa terra abençoada. E que essa riqueza, como uma eterna fonte de inspiração, continue a fluir, alimentando as almas e os corações de todos aqueles que têm a honra de conhecê-la.
José Nêumanne Pinto, nesse seu novo livro, se destaca como um poeta que ousa desbravar as profundezas da alma humana e, ao fazê-lo, nos convida a embarcar em uma jornada de reflexão e autoconhecimento. Sua obra, intitulada “Antes de atravessar”, se revela como um mergulho profundo no cerne da existência, como se o autor estivesse prestes a empreender uma travessia misteriosa e transformadora.
A referência a Dante Alighieri, autor da “Divina Comédia”, introduz um elemento clássico e alegórico à poesia de Nêumanne Pinto. No entanto, ao contrário do épico de Dante, que visava a redenção e a busca por Deus, o poeta de Uiraúna explora a jornada interior, a busca pelo “eu” e a transformação pessoal. A musa Isabel não é uma promessa de paraíso após a travessia, mas sim, uma guia que o acompanha nas caminhadas pelos círculos da vida. Ela se torna a força propulsora de sua jornada.
O poema “Magister dixit” revela a genialidade do autor, pois ele inverte o papel tradicional do amado. Ao pôr “Camões pelo avesso”, ele subverte as convenções e coloca a amada no papel de mestre, ensinando-o nas nuances do amor e da vida. Esta inversão cria uma dinâmica de relacionamento, onde o poeta se torna um aprendiz apaixonado, buscando sabedoria e orientação nos ensinamentos daquela que o inspira.
Assim, José Nêumanne Pinto, nos oferece uma poesia que é uma exploração do eu e do amor, onde a musa se torna o guia através da vida inteira. Sua escrita é um convite para a introspecção, uma busca constante por significado e autodescoberta, como uma verdadeira continuação da tradição literária que explora a complexidade de nossa existência.
Neste livro, José Nêumanne Pinto não se limita a ser apenas um observador passivo da vida. Ao invés disso, ele se torna o protagonista de sua própria narrativa poética. Nessa jornada, ele não conta com a orientação de um guia tradicional, como Virgílio foi para Dante em sua “Divina Comédia”. A escolha de nomear sua musa inspiradora de “Beatriz” não é apenas uma homenagem ao clássico literário, mas também um sinal de que sua amada é a fonte de sua orientação e inspiração.
Em “Antes de atravessar”, José Nêumanne Pinto nos desafia a refletir sobre nossas próprias jornadas interiores. Sua poesia é um convite para uma introspecção profunda e uma viagem ao âmago das questões universais da existência. É um testemunho de sua coragem em enfrentar as incertezas e desafios da vida, confiando no poder da poesia para iluminar o mundo.

FREITAS, Vicente. O Livro Póstumo de Bernardo Soares. Clube de Autores, 2023. p. 393.

sábado, novembro 12, 2022

Símbolos do Município de Bela Cruz


A primeira Bandeira do município de Bela Cruz, foi instituída pela Lei nº 227, de 23 de maio de 1972, com desenho do artista belacruzense João Venceslau Araújo (Joca Lopes), posteriormente, foi substituída pelo modelo idealizado por Vicente Freitas, sendo oficializado pela Lei nº 940/2022, Lei dos Símbolos de Bela Cruz.


Descrição do Brasão do Município de Bela Cruz:
Português do Brasil: O Brasão do município de Bela Cruz pretende, em um único símbolo, tornar presentes os elementos fundamentais da vida e da espiritualidade do povo belacruzense. Ele tem a forma, tradicional na heráldica, de um cálice. Ao centro, numa faixa oblíqua, amarela, ostenta folhas de carnaubeiras; ladeado por dois galhos de cajueiro que, juntos, representam a primeira e principal fonte de trabalho e renda. O lado direito, acima, ocupado pela Cruz, recorda a centralidade absoluta de Jesus Cristo e do mistério da Redenção, na vida e missão da Comunidade. A área superior do escudo (em heráldica a mais nobre) traz uma estrela em azul, no centro, e, na parte inferior, do lado esquerdo, está representado o mapa do município. Seu desenho original é de autoria do escritor belacruzense Vicente Freitas. 



Descrição da atual Bandeira do Município de Bela Cruz:
Português do Brasil: A Bandeira de Bela Cruz é um dos símbolos oficiais do município. Seu desenho consiste de um retângulo dividido em três faixas verticais de proporção 1:2:1 do comprimento total, sendo as faixas laterais verdes; a central amarela. Na faixa amarela está desenhado o Brasão Municipal. Seu desenho original é de autoria do escritor belacruzense Vicente Freitas. 
























quarta-feira, outubro 05, 2022

                                                              
 

segunda-feira, junho 14, 2021

Resumo Biográfico


 

Vicente Freitas

Vicente Freitas Araújo é um renomado escritor, poeta, historiador, genealogista e editor cearense, nascido em Bela Cruz, no dia 11 de fevereiro de 1955. Filho de José Arimathéa de Freitas e Dona Maria Rios de Araújo. Ao longo de sua vida, dedicou-se tanto à literatura quanto às artes plásticas, destacando-se como uma figura multifacetada no cenário cultural.

Após concluir seus estudos em algumas escolas de sua cidade natal, mudou-se para Fortaleza, onde passou a conviver com um grupo de escritores e poetas que frequentavam a Casa de Juvenal Galeno. Sua imersão nesse ambiente literário foi fundamental para o desenvolvimento de sua carreira e para o aprimoramento de suas habilidades artísticas.

Na busca por conhecimento acadêmico, formou-se em História e Geografia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Essa formação acadêmica sólida proporcionou a base para suas pesquisas históricas e genealógicas, temas que o escritor aborda com maestria em suas obras.

Vicente Freitas é autor de uma série de livros que abrangem diversos gêneros literários. Entre suas publicações mais importantes estão: “Almanaque poético de uma cidade do interior” (1999), “Bela Cruz: biografia do município” (2001), “O Carpinteiro das Letras” (2005), “Bela Cruz: famílias endogâmicas” (2010), “Corpo: acorde arpejado” (publicado em Lisboa, 2012), “História abreviada de Bela Cruz” (2013), “Bela Cruz: cronologia do município” (2014), “Famílias endogâmicas do Vale do Acaraú” (2015), “Linhares Filho: Príncipe dos Poetas Cearenses” (2016), “Fernando Pessoa: Fragmentos de uma Autobiografia” (2017), “O Livro Póstumo de Bernardo Soares” (2023).

Além de seus trabalhos individuais, também participou de várias coletâneas, como “Poetas brasileiros de hoje” (1992), “Os melhores da literatura” (1998), “Sonhos e expectativas” (1999) e “Seleção de poetas noctívagos” (2001). Sua contribuição para a literatura brasileira também foi reconhecida com a inclusão de seu verbete na “Enciclopédia de literatura brasileira”, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa, em 2001.

Vicente Freitas demonstrou sua habilidade como organizador e compilador de antologias, trabalhando com nomes consagrados da literatura, como Dimas Carvalho, Linhares Filho, Manoel de Barros e Fernando Pessoa. Seu talento como escritor e pesquisador rendeu-lhe reconhecimento nacional e internacional. Ele foi um dos finalistas do prêmio nacional de poesia Menotti del Picchia em 2000 e do prêmio internacional Von Breysky, em 2001.

Além de suas realizações literárias, Vicente Freitas também é conhecido por seu orgulho em relação à sua terra natal, Bela Cruz. Ele é o autor do Brasão e da Bandeira do município, contribuindo assim para a representatividade e identidade da região.

A influência de Vicente Freitas como escritor transcendeu fronteiras, com suas obras publicadas em vários idiomas por um grupo de editoras na Europa, África, Ásia e América Latina. Seus livros podem ser encontrados nas principais livrarias ao redor do mundo, o que evidencia a importância e o alcance de seu trabalho.

Vicente Freitas é uma figura proeminente no cenário literário brasileiro e sua dedicação à literatura, poesia, história e genealogia o torna uma referência cultural em sua região. Seu legado como autor e sua contribuição para a preservação da memória histórica de Bela Cruz e do Vale do Acaraú são inestimáveis.


Livros do Autor: traduzidos e publicados:

Inglês:
The Carpenter of Letters. Lap Lambert Academic Publishing, 2020.

Holandês:
De Timmerman van Brieven. Globe Edit, 2020.

Francês:
Le charpentier des lettres. Editions universitaires europeennes, 2020.

Alemão:
Der Zimmermann der Briefe. Akademiker Verlag, 2020.

Polonês:
Stolarz Listów. Wydawnictwo Bezkresy Wiedzy, 2020.

Italiano:
Il Falegname delle lettere. Edizioni Accademiche Italiane, 2020.

Inglês:
Fernando Pessoa: Fragments of an Autobiography. Our Knowledge Publishing, 2021.

Francês:
Fernando Pessoa: Fragments d'une autobiographie. Editions Notre Savoir, 2021.

Alemão:
Fernando Pessoa: Fragmente einer Autobiographie. Verlag Unser Wissen, 2021.

Russo:
Плотник писем: Плотник писем Висенте Фрейтас. Palmarium Publishing, 2020.

Polonês:
Fernando Pessoa: Fragmenty autobiografii. Wydawnictwo Nasza Wiedza, 2021.

Italiano:
Fernando Pessoa: frammenti di un'autobiografia. Edizioni Sapienza, 2021.

Russo:
Фернандо Пессоа, Винсент Фреитас. Sciencia Scripts, 2021.

Espanhol:
Fernando Pessoa: Fragmentos de una autobiografia. Ediciones Nuestro Conocimiento, 2021.

Holandês:
Fernando Pessoa: Fragmenten van een Autobiografie. Editora ‏ Uitgeverij Onze Kennis, 2021.

domingo, novembro 24, 2019

Dia da Literatura Cearense é comemorado na Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa do Ceará realizou, nesta terça-feira (19), no Plenário
13 de Maio, sessão solene em comemoração ao Dia da Literatura Cearense,
celebrado em 17 de novembro. A iniciativa foi do deputado Heitor Férrer. 
A data é comemorada anualmente no dia do nascimento da escritora e romancista cearense Rachel de Queiroz, um dos grandes nomes da ficção brasileira e a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

“A literatura cearense é uma das mais ricas do Brasil”, ressalta Heitor Férrer. O parlamentar lembra que a Casa já prestigiou Raquel de Queiroz e quer  assegurar a continuidade desta homenagem à romancista do Memorial de Maria Moura, realizando “uma solenidade em que vários escritores receberão merecida homenagem”.
Durante a sessão solene 29 escritores foram agraciados com certificados, entre os quais, Alana Girão de Alencar, Catarina Rochamonte, Antônio Álder Teixeira, Ary Bezerra Leite, Bruno Paulino, Davi Helder de Vasconcelos, Edmilson Caminha Júnior, Fernando Alves Pereira, Pedro Sisnando Leite, Juarez Leitão e Vicente Freitas. 

quinta-feira, setembro 28, 2017

"FERNANDO PESSOA — Fragmentos de uma Autobiografia", com Introdução da Professora Zilda de Oliveira Freitas, disponível na Livraria Cultura, Fnac, Estante Virtual, Mercado Livre, Buscapé e Amazon 


sexta-feira, fevereiro 24, 2017