terça-feira, junho 26, 2012


Lua Cheia

O poeta vaga pela cidade, 
ninguém o reconhece. 
Ele divaga: fala algo, com seus botões,
língua doce, desconhecida dos mortais. 
O poeta sobrevoa a cidade.
Cai a noite cheia de luas: 

Lua Cheia

Vicente Freitas

sábado, junho 23, 2012

Clepsidra

Ilustração:Iona Teodora Klein – Clepsidra
  luta

           palavra viva

                            (nomeada)

hora

       água

               musa

viver o amor na poesia

corpo

         acorde arpejado

                                  para (di)gerir no verso.



Vicente Freitas



segunda-feira, junho 04, 2012

O mundo


O mundo

Aqui está o mundo:
paisagens diluídas;
pretebranco, pretebranco
e nada mais.

O ser que o construiu:
uma barata, uma formiga, um dinossauro,
um orangotango
ou
quiçá
outras espécies antropóides
ou
quiçá
todos... juntos.

Cresceram sob o sol,
criaram asas, caíram,
(as linhas de voo, incertas, evoluíram)
e alguns renasceram das cinzas
— Fênix.

Mas,

o que nasce; morre, nascemorre
morremorre.

— E nada mais.



Vicente Freitas